sábado, 2 de junho de 2012


UFGD inscreve indígenas para o vestibular da Licenciatura Intercultural – Teko Arandu

UFGD inscreve indígenas para o vestibular da Licenciatura Intercultural – Teko Arandu
Primeira turma do Teko fez a formatura em 2011
A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) inscreve até 15 de junho os indígenas as etnias Guarani e Kaiowá interessados em participar do Vestibular para o curso de Licenciatura Intercultural – Teko Arandu.

São 70 vagas e os candidatos devem ter Certificado de Conclusão do Ensino Médio ou equivalente e ser das etnias Guarani ou Kaiowá, residentes no Território Etnoeducacional do Cone Sul, conforme Portaria Normativa MEC nº. 931, de 13 de julho de 2011. Os candidatos serão isentos da taxa de inscrição.
O curso é organizado em módulos, com aulas concentradas em períodos pré-definidos e com atividades realizadas em tempo integral. O tempo mínimo para completar o curso é de aproximadamente quatro anos.
O acesso à ficha de inscrição para o processo seletivo da Licenciatura Intercultural – Teko Arandu poderá ser feito de duas formas: via Internet, na página do Vestibular (www.ufgd.edu.br/vestibular/pslin2012 ), de 21 de maio a 15 de junho de 2012; nos seguintes órgãos: na Unidade Executiva Regional da FUNAI em Amambai; nas Coordenadorias da FUNAI de Ponta Porã e Dourados; na Secretaria do Curso de Graduação em Licenciatura Intercultural - Teko Arandu, na Unidade II da UFGD, no Bloco C, sala 8, de segunda a sexta-feira, úteis, das 13h às 17h; e ainda na Coordenadoria do Centro de Seleção, localizada na rua João Rosa Góes, 1919, de segunda a sexta-feira, úteis, das 8h às 11h e das 13h às 17h.
Os documentos para a inscrição deverão ser entregues até 15 de junho nesses locais ou remetidos por AR e/ou SEDEX, à Coordenadoria do Centro de Seleção da UFGD, Rua João Rosa Góes, nº. 1.919, Vila Progresso, CEP 79825-070, Dourados, MS.  Os documentos deverão estar obrigatoriamente acondicionados em envelope, devidamente identificado da seguinte maneira: PROCESSO SELETIVO PARA LICENCIATURA INDÍGENA PSLIN-2012/UFGD E NOME DO CANDIDATO.
As inscrições não homologadas serão publicadas em 25 de junho de 2012, no site do Vestibular e o candidato terá os dias 26 e 27 de junho de 2012 para regularizar a situação da sua inscrição, quando for o caso.
As provas serão realizadas simultaneamente nas cidades de Amambai e Dourados, estruturadas em 7 de julho 2012, às 13h, com provas de redação em Língua Portuguesa e em Língua Guarani e prova objetiva com questões de  Ciências Sociais, Fundamentos de Educação, Legislação Indigenista, Matemática e Ciências da Natureza. Já no dia 8 de julho será a prova oral em Guarani.
 A previsão é de que a relação dos candidatos aprovados e classificados no Vestibular da Licenciatura intercultural será divulgada em 19 de julho, em ordem decrescente da pontuação final  até o limite do número de vagas  do  curso  por sistema de ingresso.
Edital de Abertura e a ficha de inscrição: http://www.ufgd.edu.br/vestibular/pslin2012.

fonte:http://www.ufgd.edu.br/noticias/ufgd-inscreve-indigenas-para-o-vestibular-da-licenciatura-intercultural-2013-teko-arandu
 

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Criação da Faculdade de Estudos Indígenas - UFGD

O reitor da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Damião Duque de Farias, realizou a instalação da Faculdade de Estudos Indígenas e a posse do diretor pro tempore, Antonio Dari Ramos, na tarde da última segunda-feira (28), no cineauditório da Unidade 1. A solenidade também foi de posse do diretor e da vice-diretora da FACE (Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia), Prof. Dr. Alexandre Bandeira Monteiro e Profa. Dra. Madalena Maria Schlindwein.

Sobre a instalação da Faculdade de Estudos Indígenas, o reitor ressaltou esse passo como importante para o fortalecimento do compromisso que a universidade tem desde sua criação com a comunidade indígena, especialmente com os Guarani e Kaiowá da região de Dourados, e deixou clara a intenção de que com a Faculdade, a UFGD possa abranger outras comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul e do Brasil.
“A UFGD nasceu para ter esse compromisso e ser reconhecida como instituição que busca a promoção do desenvolvimento da região de Dourados, com políticas públicas bem direcionadas para a cidadania e justiça social da população. Nesse sentido o foco na comunidade indígena de Mato Grosso do Sul”, defendeu Damião Duque de Farias.
O primeiro desafio assumido pela UFGD foi a criação logo no início da universidade, em 2006, do curso de Licenciatura Intercultural - Teko Arandu. A expectativa do reitor é implantar até o fim do seu mandato, outros dois cursos com foco nesse público, provavelmente nas áreas de saúde e de produção e meio ambiente, que deverão estar localizados na Faculdade de Estudos Indígenas.
“As demandas são a sociedade e a comunidade que apresentam a Universidade. Os desafios e dificuldades para respondê-las sempre teremos. O que precisamos é de vontade e apoio político dos parceiros para superá-los”, afirmou o reitor.
 O diretor pro tempore empossado, Antonio Dari Ramos, também falou da ligação histórica da criação da UFGD com os movimentos sociais, especialmente da implantação do curso Teko Arandu como resposta ao sonho dos indígenas, indigenistas e das instituições. Por isso, defendeu a instalação da Faculdade de Estudos Indígenas como um ato que aprofunda o compromisso da UFGD e dá lugar de destaque a formação acadêmica dos indígenas.
Com a Faculdade, o objetivo é dar continuidade ao curso de Graduação da Licenciatura Intercultural – Teko Arandu, criar cursos específicos para os indígenas de diversos grupos étnicos, mas também para outros públicos, promovendo a interculturalidade.
Membro do Conselho Nacional de Políticas Indigenistas e aluno do Teko Arandu, Anastácio Peralta, lembrou da mobilização para criação da Licenciatura Intercultural – Teko Arandu, por parte de diversas organizações, como o Movimento de Professores Guarani Kaiowá e também de pessoas que faleceram, como o professor Renato Gomes Nogueira.
Para Anastácio Peralta, com a Faculdade de estudos Indígenas não é só o índio que ganha, mas o Brasil, que ganha em soberania e inteligência quando abre a universidade para quem sempre viveu nessa terra.
“A Universidade tem que ser para todos, para pobres, índios e negros. Isso poderá colaborar para sairmos desse cenário de suicídio, violência e desnutrição e mostrarmos outras coisas que temos, nossa sabedoria, o que o meu povo tem para ensinar, porque nós estamos aqui há 40 mil anos, os não-índios há 512 anos. Somos importantes inclusive para a continuidade do planeta. Criam tantas tecnologias que acabam em desmatamento e intoxicação das águas. Cadê a sabedoria?”, questionou Anastácio.
A solenidade de posse foi aberta com a apresentação de uma dança ritual ainda presente nas famílias indígenas do Panambi e chamada de guaxire.
Fotos: https://picasaweb.google.com/101733558667986673449/PosseDosDiretoresEInstalacaoDaFaculdadeIndigena?authkey=Gv1sRgCKSWuuX9pay3KA

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - Diversidade/UFGD/CAPES/SECADI-MEC objetiva aproximar o Ensino Superior da Educação Básica Escolar Indígena, no intuito de construir um diálogo mais estreito entre os mesmos níveis de ensino. Os bolsistas participantes se distribuem em 85 acadêmicos (as) guarani e kaiowá, 16 supervisores (fixos e itinerantes) e 04 coordenadores. No total são 105 bolsistas que estão na ativa entre a UFGD e as Escolas Indígenas. O Programa está sendo realizado no Conesul do Estado de Mato Grosso do Sul pela equipe da Licenciatura Intercultural - Teko Arandu, no Território Etnoeducacional do Conesul. Os bolsistas interagem diretamente com professores, alunos, coordenadores, diretores, administrativos e demais servidores. A equipe começou a desenvolver suas atividades em outubro de 2011. Os impactos tem sido muito positivos, principalmente porque permite o reconhecimento de ambos os locais de atuação - da universidade e das aldeias. Boa navegação. Seja bem-vindo (a)!